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quinta-feira, 21 de julho de 2011

CARTILAGEM ARTICULAR

CARTILAGEM ARTICULAR



INTRODUÇÃO



                 A Cartilagem articular é o tecido que reveste as extremidades ósseas articulares, apresentando uma estrutura altamente diferenciada e especializada, com funções definidas nas articulações. Estas articulações ou junturas, são recobertas por uma membrana sinovial (tecido esponjoso), que é responsável pela produção do líquido sinovial. Ele promove a lubrificação da articulação, diminuindo o atrito entre as superfícies articulares. O líquido sinovial também é responsável pela nutrição das células da cartilagem articular.

                Ela apresenta a função de diminuir o impacto, funcionando como um amortecedor, devido ao seu grau de mobilidade e elasticidade.

                A lesão de sua estrutura altera suas propriedades físico-químicas e biomecânicas. Estas alterações podem levar a perda de movimento, falta de estabilidade e dor. Sendo esta última a principal causa da procura do médico.

                                                            Fig. 1 – Cartilagem Articular Normal

               
COMPOSIÇÃO DA CARTILAGEM ARTICULAR

                A cartilagem articular consiste basicamente de água e condrócitos. Os condrócitos são as células especializadas, que representam 5% do volume total da cartilagem. Eles são responsáveis pela formação de proteoglicanos, colágeno, proteínas não colagenosas, glicoproteína e água.
                O principal colágeno é o do tipo II, que fornece principalmente a força de tensão para a cartilagem articular. Os proteoglicanos consistem de glicosaminoglicanos, que estão ligados a uma proteína central, que por sua vez está ligada a molécula do ácido hialurônico.
                As células da matriz extracelular, apresentam quatro zonas distintas;
a) Tangencial superficial
b) Média
c) Profunda
d) Calcificada.
                Esta estrutura especializada possui duas funções básicas, sendo bastante durável. Ela possui capacidade de deformação, funcionando com um distribuidor de carga, para diminuir o contato e a frouxidão intra-articular. Em segundo lugar ela diminui o coeficiente de fricção das superfícies.
                A capacidade dos condrócitos para sintetizar novas macromoléculas é limitada.
                Quando a capacidade do condrócito, ele não consegue lidar com o processo degenerativo. Quando ela ocorre é irreversível.
                Apesar de sua grande resistência, a lesão cartilaginosa pode ocorrer devido aos seguintes fatores;
- Sobrecarga repetitiva e prolongada
- Impacto súbito com alta compressão e forças de cisalhamento na junção subcondral
              As lesões da cartilagem podem ser;
- agudas
- degenerativas.
                As lesões condrais são adicionalmente caracterizadas em;
a) micro lesão das células e da matriz, com ruptura visual da superfície articular.
b) macro ruptura da cartilagem articular, semelhante a a observada nas fraturas condrais.
c) fratura da cartilagem articular e do osso subcondral.
                Levando-se em conta o joelho a artrose será dividida em compartimentos;
- Artrose compartimental medial
- Artrose compartimental lateral
- Artrose bicompartimental
- Artrose tricompartimental.
                A osteoartrose é patologia mais frequente ao nível do joelho. A queixa mais frequente é a dor ao nível da “pata de ganso”, interpretada erroneamente com bursite. Inicialmente a dor é com o exercício, posteriormente aparece em repouso. O derrame articular é raro e em geral após o esforço. Ao exame geralmente verificamos um varo associado a rotação interna, com discreto flexo.
Fig. 2 – Imagem artroscopica do joelho com artrose

                Importa determinar o grau de deformidade do joelho, quando apoiado, pois a correção angular será a partir deste dado. A deformidade da tíbia não traduz o grau de varismo do joelho. A mensuração de todo o membro inferior em apoio monopodálico permite a avaliação do momento do adutor, que é um critério a mais na mensuração do varismo do joelho. A avaliação do grau de artrose medial determinara a indicação terapêutica. Com progressão da artrose medial, ocorre falência progressiva do LCA (Ligamento cruzado anterior), determinando uma anteriorização da tíbia. A artrose acomete mais frequentemente o compartimento medial que o lateral. A classificação radiológica mais difundida é a de ahlback de 1968, que se baseava na mensuração de atrito entre a cartilagem e o osso, visualizando no rx Antero posterior. Em 1992 Keys & Goodfellow, propuseram uma modificação, passando a existir a necessidade do Rx em perfil.
Grau                                                    Rx (Anteroposterior) Perfil
1
Redução do espaço articular

2
Obliteração do espaço articular

3
Atrito no planalto tibial
Porção posterior do platô intacto ˂ 5mm
4
Atrito 5 a 10mm
Atrito estende-se a porção posterior do platô
5
Subluxação grave da tíbia
Subluxação anterior da tíbia ˃ 10mm

TRATAMENTO

                A indicação terapêutica basear-se-á no quadro clinico, no grau de deformidade e no comprometimento articular. No quadro clinico a dor é o sintoma mais importante, definindo o tratamento. Nos quadro iniciais o sintoma é esporádico e as medidas conservadoras como redução de peso, exercícios de alongamento, Ainh, crioterapia podem propiciar alivio do paciente.
                A dor aos pequenos esforços e em reposo é um dos indicativos da cirurgia.
                O grau de varismo sem dor, não tem valor para a indicação cirúrgica.
                O grau de destruição articular é um dos critérios para cirurgia
                A artropatia pode ser uma manifestação inicial que ocorre no decorrer de infecções, processos neoplásicos, doenças inflamatórias sistêmicas ou doenças reumatológicas.
A artrose ou osteoartrite é a forma mais frequente de doença articular ou reumatológica. Por muito tempo a artrose foi considerada uma condição decorrente da simples degeneração ou desgaste das estruturas articulares. Sabemos que vários outros elementos inflamatórios contribuem para o desenvolvimento da artrose. Existe a forma primaria e secundária. Os achados incluem a degeneração da cartilagem hialina e fibrocartilagem, esclerose do osso subcondral acompanhado de crescimento ósseo (osteófito), com mínima reação inflamatória e sem manifestação sistêmica, mais com alta morbidade. Existe um predomínio no sexo feminino. Depois de 55 anos, 80% da população apresenta sinais de osteartrose. A causa da osteoartrose não está definida. Apesar de não ser simplesmente um sinal de envelhecimento da articulação, a idade frequentemente está relacionada. Além dos fatores genéticos existe uma série de condições individuais e ambientais, relacionadas a atividade, que estabelece um risco para o seu desenvolvimento. Os fatores de risco são; Trauma, sobrecarga articular, obesidade, raça, deformidade congênita, lesão articular previa por qualquer doença inflamatória ou endócrino-metabólica e defeitos proprioceptivos.
        Os principais objetivos do tratamento da osteoartrose são; Aliviar a dor e recuperar a mobilidade articular, com medidas farmacológicas ou não, é fundamental diminuir a sobrecarga com repouso articular (com ou sem órtese) e cinesioterapia para fortalecer a musculatura dos membros inferiores. A crioterapia pode ser indicada. O gelo reduz o espasmo muscular e a dor.

sábado, 10 de abril de 2010

Fraturas ao Nível do Cotovelo



A fratura de cotovelo no adulto apresenta uma características de gravidade, pois pode levar a impotência funcional severa e limitação de movimento da referida articulação.



Um grande exemplo é a fratura cominutiva de cotovelo, como exemplificada abaixo. Nestes casos o procedimento cirúrgico está indicado e sua reconstrução com placas especias de recontrução é imperativo. Deve també ser colocado enxerto ósseo para complementar o espaço promovido pela cominução.

Posteriormente o cotovelo é imobilizado com aparelho gessado tipo axilo-palmar, devendo permanecer até que o calo ósseo seja suficiente para segurar a fratura conjuntamente com a sintese de fixação.

O ínicio da fisioterapia de analgesia e motora é então iniciado para se tentar o completo restabelecimento da mobilidade articular e a sua função.